quinta-feira, 10 de abril de 2014

Filmes!

A seguir estão algumas sugestões de filmes medievais, que possibilitaram o maior entendimento do período e de maneira mais descontraída.

                                        O leão no inverno
O sétimo selo

                                          O nome da rosa
                                             Joana D'Arc
                                              Rei Arthur
                             O navegador: a odisseia medieval

                                        Em nome de Deus
                                       O senhor da guerra



Grupo

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Arquitetura

O período medieval foi bastante caracterizado pela presença do domínio da Igreja Católica, que estava presente nas atividades sociais, na política, economia e cultura. Como a Igreja era o principal centro responsável pela contratação de principais artistas, a arquitetura pode se destacar muito pela construção de grandes templos e castelos.Podemos citar dois tipos de estilo da arquitetura medieval, dentre eles esta o Românico e o Gótico.  
O estilo românico foi o que teve mais destaque, onde prevaleceu na Europa, na Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII). As suas características que mais se destacam:  
- A substituição do teto de madeiras por abóbadas;
- Colunas e paredes com espessura maior;
- A pouca quantidade de janelas;
- A planta das Igrejas eram feitas em forma de cruz, no qual se distribuíam diversas naves que se interligavam.

O estilo gótico prevaleceu na Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV). Esse estilo possuía muitas características semelhantes ao estilo romântico. A construção de igreja, mosteiros, castelos e catedrais possuíam um formato vertical, uma opção que fazia com que as construções estivesse mais próximas do céu. - As colunas e paredes passaram a ser mais finas;
- As janelas apareciam em grandes quantidades;
- As torres possuíam formato de pirâmides;
- Os arcos de volta-quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos.


Seguindo o clima religioso, relacionado as igrejas, ouça a  seguir link de músicas religiosas presentes na Idade Média.

https://www.youtube.com/watch?v=7RCM2IeiB00

Enzo Koga

Artes plásticas no período medieval

Na idade média a arte era basicamente composta pela pintura, arquitetura e escultura, cuja controlada pela igreja católica, assim os temas religiosos são claramente expressos naquela época.




A valorização das artes plásticas foi muito relevante abrindo espaço para dois estilos básicos: o românico e o gótico.
O estilo românico prevaleceu na alta idade média, devido ao alto poder aquisitivo da igreja católica e de nobres da época, sua principal característica eram as paredes grossas e muito resistentes e arcos de volta-perfeita e abóbadas. As pinturas e esculturas eram formas de narrar histórias bíblicas e comunicar valores religiosos aos fiéis, devido ao numero excessivo de pessoas analfabetas.

Igreja estilo românico

Paulus und die Empfänger seiner Briefe
Ficheiro:ChapitoStGeorges3.jpg
Capitel Românico

Segue link com música do estilo românico que remete as características do estilo.


Já o estilo gótico, prevaleceu na baixa idade média e tem como suas principais características a delicadeza, beleza e elegância. Ao contrario do estilo românico suas formas horizontais foram substituídas pelas verticais, assim fazendo com que a construção se aproximasse do céu, suas paredes eram mais finas, dando-as um aspecto mais leve, a quantidade de janelas teve um grande aumento, as torres tomaram as formas das pirâmides e os arcos volta-quebrada e ogivas foram utilizados. As pinturas teve o papel de ensinar a criação divina, quase sempre as pinturas eram vitrais, mas também eram muito comuns pinturas em painéis de madeira e sobre relevo.
Igreja estilo Gótico
A virgem em Majestade
Ficheiro:ThreeFoolishVirginsMagdeburg.jpg
As três virgens

Segue link de músicas medievais características do estilo gótico.


Letícia Shiroma

Literatura Medieval

Como já vimos, a sociedade medieval foi fortemente marcada pelo teocentrismo. O pensamento exclusivamente voltado para a ordem divina caracterizou uma sociedade movida pela fé e pelo temor. O bom religioso deveria ser obediente, não contestando os dogmas da fé cristã. A frase “credo quia absurdum” – “Creio porque é absurdo” – explica o pensamento, já que, como o fato é absurdo, é necessária a crença e, no passo que fosse racional, a compreensão já bastaria.
Dito isso podemos dar início propriamente à literatura.A abordagem de temas religiosos – como a moral cristã e alma humana –, a influência da filosofia grega, textos escritos em latim, livros escritos à mão e a utilização de pergaminhos são as principais características da literatura na Idade Média.




Em Portugal, a primeira manifestação literária recebeu o nome de trovadorismo. De origem provençal, o movimento surgiu no final do século XII, e é de caráter predominantemente poético. A palavra “trovadorismo” vem do francês “trouver”, que significa achar, encontrar. Os textos que surgiram no período foram: • Cantigas; • Novelas de Cavalaria; • Canções de Gesta; • Hagiografias; • Livros de linhagens
Destacaremos as cantigas, onde a música estará sempre presente. As cantigas, composições líricas desse período, receberam esse nome porque eram necessariamente cantadas – juntando música com poesia – e geralmente acompanhadas de instrumentos musicais, como violas, flautas, alaúdes, pandeiros, saltérios e soalhas. Podiam ser líricas – de amor ou de amigo – ou satíricas – de escárnio e maldizer.
De origem provençal, as cantigas de amor tinham um estilo culto, requintado, de maior complexidade, distanciando-se das camadas populares – a falta do uso de refrão é um exemplo dos fatores de segregação. Nessas cantigas, o eu-lírico é exclusivamente masculino e fala sobre a figura feminina idealizada e inacessível – mulher casada, de hierarquia superior ou que não o corresponde amorosamente.

São estabelecidas relações de vassalagem e coita amorosa e o trovador deve respeitar as regras do “fin amour” – “fino amor”. Deve-se tratar a mulher com delicadeza (pretz), ter equilíbrio e cuidado (mesura), manter identidade sobre sigilo (senhal) e não ser indelicado, invasivo e grosseiro (sanha).
Exemplo:

Paio Soares de Taveirós

A Cantiga da Ribeirinha (Guarvaia) é a primeira cantiga que se tem registro. Sua classificação é considerada duvidosa, pois, apesar de predominantemente de amor, apresenta desvios satíricos (mais abaixo). Ao expor a intimidade da mulher, em “quando vos eu vi em saia!” – sem manto, nua – e identifica-la em “filha de don Paai Moniz”, o trovador peca em duas das regras do “fin amour”: sanha e senhal, respectivamente.

Já as cantigas de amigo são de origem peninsular – Portugal e Espanha – e carregam um estilo popular, de linguagem mais acessível, facilitada e de frequente uso de refrão. Nesse tipo de cantiga, o trovador se coloca no lugar de uma mulher e constrói um eu-lírico feminino. Aparecem formas dialogadas – uso de travessão – e a mulher conversa com alguém para reclamar ou pedir informações do amado. Comparada à de amor, a coita passa a ser de ausência ou distância e a mulher deixa de ser inacessível.

Albas, barcarolas, serenas, pastoris, bailadas, romarias e malmariadas são os tipos de cantiga de amigo e as pastoris são as únicas em que o eu-lírico pode ser masculino.

Exemplo:


Afonso Sanches


As cantigas satíricas propõe uma sátira, uma exposição exagerada de vícios, fazendo-se valer por meio do ridículo ou do sarcasmo.

As de escárnio fazem críticas indiretas e não destrutivas, utilizando “palavras encubiertas” – implícitos, ironias e metáforas. O alvo da crítica não é nomeado e esta é recebida de modo cifrado, incerto. Utiliza o ridículo para chegar a um riso pequeno.

Nas cantigas de maldizer, a sátira é direta. O alvo é identificado e até nomeado. Utiliza o sarcasmo com intenção do desprezo e aversão de quem ouve. O vocabulário é ofensivo – uso de palavrões, obscenidades – e muitas delas aparecem sem assinatura.



Exemplo de cantiga satírica:
João Garcia de Guilharde
Toda a produção trovadoresca foi organizada em três cancioneiros – conjunto de cantigas: da Ajuda, da Vaticana e da Biblioteca Nacional. O Cancioneiro da Ajuda contém 310 cantigas e, em sua maioria, de amor. O da Vaticana (Igreja) contêm 1205 cantigas de todos os tipos. Já o da Biblioteca Nacional, contém 16047, também de todos os tipos.
Dos principais trovadores medievais, destacam-se: Paio Soares de Taveirós, Dom Dinis e Dom Duarte.




Não somente em Portugal, como em toda a Europa, a literatura medieval deixou de herança grandes obras, como: La Chanson de Roland (idioma francês antigo), o Digenis Acritas (idioma grego medieval) e o Nibelungenlied (alto alemão médio).


Nathália Gil

Características da música medieval

Para os mais interessados na clássica arte da Idade Média, vou escrever um pouco sobre a musica e suas características dessa época. Primeiramente devemos pensar no momento em que se passava tal movimento artístico, o Trovadorismo.


A sociedade medieval era muito influenciada pelo catolicismo, que consequentemente tornava a música próximas de ritos da Igreja, como um meio de predispor as pessoas a receberem ensinamentos cristãos . Se estabelece, então a prática de cantos religiosos, mantendo como característica de todo o período o som suave produzido por órgãos (instrumento de proporções enormes, com complexo funcionamento-aerofone). 


Esses hinos cerimonias utilizavam do canto gregoriano, possuíam uma textura monofônica, ou seja, possuía apenas uma melodia. Executados sempre em uníssono, não excedendo a extensão de uma oitava, cantado em latim e por homens, com pouca mudança de notas. Que evoluiu para a polifonia, com duas ou mais melodias sendo tocadas simultaneamente, possui varias texturas e contribuiu para uma diversidade harmônica posterior.


Outra característica bem marcante desse período histórico são as cantigas, implicavam-se de um texto poético cantado, em sua maioria falavam de decepções e/ou desejos amorosos. Os objetos mais utilizados feitos de ossos ou materiais provenientes de animais eram flautas, instrumento de sopro, cítola, uma espécie de violão miúdo e a harpa, funcional pelo sistema de cordas esticadas em diferentes proporções. Uma grande contribuição da musicalidade desse período foi deixada por Guido D’Arezzo que transformou os neumas (elementos básicos do sistema de notação musical) na nossa atual pauta musical e também designou as notas, UT ( que se transformou no DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI). 

Deixo aqui um link de uma musica da Idade Média.
Para os mais curiosos podem ir direto ao “1:05”. Mas aos apreciadores de uma bela introdução instrumental aconselho não pular nenhuma parte.(O que vos nunca cuidei a dizer – D.Dinis) 
http://youtu.be/DtRpGszvlNw

Alexia Diegues

História X Música


É importante retomar alguns pontos importantes sobre a história da era medieval antes de entender a relação entre ela e a música na Idade Média.

• Resumo da história:

A Idade Média se iniciou com a queda do Império Romano do Ocidente. A sociedade e economia eram baseadas no feudalismo (relação entre suserano e vassalo onde o poder era definido pelo tamanho das terras). Nessa época, a Igreja Católica havia consolidado seu poder a fé prevalecia no modo de pensar da sociedade. Eram estabelecidos dogmas (verdades absolutas e incontestáveis) para não haver discórdia sobre a religião.


Agora podemos voltar a falar da relação! Bem, houve vários elementos da cultura grega que foram passados para a cultura romana e, mais tarde, transmitidos para o cristianismo. A música passou a ser usada pela Igreja em hinos religiosos voltados a cerimônia (Cantochão).

Para facilitar a transmissão e memorização dos cantos de geração a geração, foram criados neumas (pequenas marcas junto das palavras indicando o tipo de movimento sonoro).


Essas marcas foram evoluindo e tornando-se mais precisas até que um homem chamado Guido d’Arezzo criou um sistema similar a pauta de atualmente onde letras correspondia a altura da nota. 



Essas letras também evoluíram e hoje são denominadas pautas.
Os gêneros de música da época eram:

• Moteto: era tido como um gênero de musica popular, de caráter profano;
• Conductus: música de caráter religioso; • Canções de trovadores: poetas e compositores que escreviam poesias que podia ser amorosa ou satírica, e era acompanhada por um fundo musical; • Missa: é caracterizada pelos coros durante as cerimônias religiosas.
• Música instrumental: como o próprio diz, música tocada por instrumentos da época.

Os avanços na Idade Média foram fundamentais para o surgimento da música atual. Alguns instrumentos musicais são utilizados até hoje, como a flauta. Foram trazidas melhorias na qualidade no sopro, nas cordas tangidas ou friccionadas, nos “organettos portatos” na percussão.

 
conheça o instrumento: 
https://www.youtube.com/watch?v=-oS-1Jto4x0

Foi a época do principio da partitura e do avanço da notação musical e da polifonia (estudo da métrica, do timbre, da intensidade, da harmonia, da melodia e do ritmo).

Agora que você já entende mais sobre o assunto, continuem lendo os posts que virão.

Beatriz Sakashita

Hildegarda de Bingen: um show de emoções

Eram 19h, o céu estava escuro como as trevas, porém nele habitavam pontos brilhantes que alegravam a noite. De longe, via-se a multidão entrando no Teatro Municipal de São Paulo, para acompanhar a apresentação de um dos maiores nomes da música, a estrela mais brilhante da noite, beata da Igreja Católica e santa pela Igreja Anglicana, Hildegarda de Bingen.



Todos já estavam se acomodando em suas poltronas, desligando os celulares. O show ia começar agora. Apagam-se as luzes. Abrem-se as cortinas. A luz projetada na silhueta triangular de Hildegarda cala todos que, agora, estão atentos ao espetáculo. De repente, ouve-se a voz angelical, hipnotizante e profunda, se expandindo por todo aquele espaço. É possível sentir o arrepio provocado pelos agudos perfeitos e pela harmonia da melodia. Parece que todos estão em transe, não se escuta nenhuma conversa, nem outro som a não ser o tão esperado desta noite. Outro show, de luzes e efeitos, acompanha a apresentação da Santa. Podemos ver seus profundos olhos azuis pelo telão. Ela se movimenta delicada e vagarosamente pelo palco, todo decorado com pinturas góticas.

A músicas mudam e, a cada pausa, vê-se uma nova expectativa no rosto das pessoas presentes, que é sempre superada segundos depois com o novo soar da voz abençoada. Temos espectadores de todas a idades, nacionalidades e estilos, todos unidos para apreciar esse grandioso espetáculo. A ultima canção pareceu ser a cantada com o sentimento mais forte, foi o ápice da noite, a chave de ouro. Agora não só Hildegarda brilha, mas as lágrimas de todos presentes exteriorizam o sentimento de cada um. A ultima palavra é pronunciada, sorrisos são abertos e olhos são fechados.  
Quando as luzes se acendem, Hildegarda ainda está no palco. O telão mostra claramente seu rosto, e podemos ver que todo o sentimento e toda a emoção que nos foi passada durante esta noite foi recíproca.

Ouça Hildegarda de Bingen 

https://www.youtube.com/watch?v=LJEfyZSvg5c

Letícia Viana